Nossa ideia inicial era que o
público fosse composto pelos transeuntes do Centro Histórico devido ao nosso
interesse em proporcionar ao grande número de pessoas que passa pelas portas da
Instituição a oportunidade de adentrá-las, num esforço para que o público
identifique-se e aproprie-se do rico acervo e do savoir-faire da produção cinematográfica. Mas devido às questões
internas da instituição e a remarcação da data de inauguração da Exposição,
tivemos que realizar a ação com amigos e familiares pela manhã do dia 12 de
dezembro, o que acabou sendo como uma boa escolha, pois entre os sete
participantes, cinco nunca haviam entrado no Museu. Os participantes tinham
entre 15 e 60 anos, abrangendo a faixa etária proposta, assim como a
escolarização pretendida que era entre ensino fundamental incompleto ao ensino
superior completo.
Após nos
encontrarmos no saguão de entrada do Museu da Comunicação, os setes amigos
participantes, o Diretor de Fotografia Ivo Czamanski, a
coordenadora do Setor de Cinema do Museu Carlinda Mattos, eu e o Leandro nos
encaminhamos para a Sala Expositiva que ainda não está pronta, faltam alguns
ajustes, principalmente as etiquetas dos objetos. Durante a visita à exposição
“Do Fotograma ao Cinema”, Ivo Czamanski, que além de trabalhar com o cinema por
praticamente toda sua vida, é o Coordenador Técnico do projeto “Do Fotograma ao
Cinema”, devido ao imenso conhecimento sobre o saber fazer de outrora do cinema
e as especificações de cada equipamento, conversou com os participantes
apresentando fatos e curiosidades que a maioria sequer imaginava, apresentando
a magia e o romance do cinema, algo que diante das facilidades das tecnologias
atuais está se perdendo. Esta visita mediada durou cerca de 50 minutos, pois
mesclou o “bate-papo” já que os participantes comentavam e perguntavam a cada
equipamento encantando-se com a história da estética e dos truques
cinematográficos.
Na segunda parte da ação, os participantes
colocaram a mão na massa produzindo filtros artesanais tais quais os usados na
mesma época dos equipamentos expostos, havia três tipos de
filtros confeccionados com garrafas PET, meias-calças e transparências para
projetor (acetato). Para facilitar o processo, já entregamos as garrafas pets e
as meias-calças cortadas, os participantes pintaram com canetas hidrocores os
seus pedaços de acetato conforme sua vontade. Então todos se divertiram
produzindo vídeos e fotos utilizando os filtros artesanais com seus
smartphones, resultando em excelentes registros deste momento de compartilhamento
de experiências, apesar de que houve um pequeno problema em alguns filtros de
acetato, nos quais as canetas não aderiram como deveriam. Em ambas as etapas, a
Carlinda acompanhou com seu olhar atento e apaixonado pelo cinema realizando
contribuições pontuais sobre o assunto. Por fim, os participantes responderam um
questionário avaliativo da ação.